Na noite de quinta-feira (12), um acidente entre uma motocicleta que conduzia e um cavalo tirou a vida do Padre Fabrício Rodrigues, aos 29 anos. Ele foi um dos mais jovens sacerdotes da Diocese de Marabá e desempenhou múltiplas funções, dividindo seu tempo entre o sacerdócio e os estudos em psicologia na UNAMA de Marabá. Reconhecido por sua dedicação, era muito querido pela comunidade da Folha 33, que prepara uma homenagem musical para o momento em que seu corpo chegar, na tarde desta sexta-feira (13).
Paixão pela Música
Além de sacerdote, Padre Fabrício era cantor e utilizava seu talento musical nas missas, compondo e interpretando músicas autorais. Estava organizando um evento em O Casarão, na Folha 32, para o lançamento de suas composições em parceria com sua banda, marcada para o Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro.
O Influenciador Digital
Durante a pandemia, Padre Fabrício ganhou notoriedade nas redes sociais ao participar de uma live de missa que viralizou, quando riu de um incidente envolvendo uma corda arrebentada de um violão. No Instagram, até a noite de quinta-feira, ele contava com mais de meio milhão de seguidores, número que cresceu rapidamente após o anúncio de seu falecimento, alcançando 581 mil seguidores. No YouTube, possuía 82,3 mil inscritos e mais de 5 milhões de visualizações em seus vídeos, onde compartilhava mensagens de fé.
A Jornada com o Autismo
Com orgulho, Padre Fabrício compartilha seu diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Em entrevista ao jornal Correio de Carajás, ele revelou como enfrentava os desafios da condição com tranquilidade, sempre buscando mostrar que o autismo não o impedia de realizar seus sonhos e servir a Deus.
A Face do Escritor
Recentemente, ele lançou seu primeiro livro, intitulado “Vamos Rezar Juntos”. A obra, lançada em 19 de agosto, nasceu de um chamado espiritual, no qual Padre Fabrício descreveu a importância da oração como um caminho para a transformação pessoal e espiritual. O livro está disponível para compra online.
O Amor pelo Futebol
Mesmo com tantas atribuições, Padre Fabrício encontrou tempo para acompanhar o futebol, torcendo fervorosamente pelo Flamengo e pela Águia de Marabá. Ele frequentemente assiste aos jogos no Estádio Zinho Oliveira, veste a camisa do tempo sob sua batina. A diretoria da Águia lamentou sua morte com uma nota de pesar, registrando-o como um amuleto da sorte do clube.
O falecimento de Padre Fabrício deixou um vazio na comunidade e entre seus milhares de seguidores, que o admiravam por sua fé, talentos e humanidade.
Com informações do Correio de Carajás