A Polícia Civil do Estado do Pará prendeu, neste sábado (14), um homem suspeito de liderar um garimpo ilegal na região de Santarém, durante a 4ª fase da Operação “Black Gold”. A ação foi conduzida pela Diretoria de Polícia do Interior, em parceria com a Delegacia de Conflitos Agrários de Santarém, e contou com o apoio da Superintendência Regional, do Núcleo de Apoio à Investigação do Baixo e Médio Amazonas e do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (GRAESP).
O principal objetivo da operação foi cumprir mandados de prisão temporária, realizar buscas e apreensões em domicílios e quebrar sigilos telefônicos, visando desarticular a organização criminosa responsável pelo garimpo ilegal.
A investigação teve início após denúncias feitas por lideranças do Projeto de Assentamento de Desenvolvimento Sustentável (APARAÍ) e do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alenquer (STRA) à Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) de Santarém. Essas lideranças relataram que estavam sendo ameaçadas por indivíduos que exploravam madeira e minério de forma ilegal na região. A advogada que representava as lideranças também foi alvo de ameaças.
Durante as diligências, a polícia confirmou a existência de uma pista clandestina e de uma área de garimpo ilegal, que apresentava sérios danos ambientais. Na fase anterior da Operação “Black Gold”, já haviam sido apreendidos uma arma de fogo, motosserras e destruídos acampamentos e equipamentos usados pelos criminosos, além da identificação da pista para futura destruição.
Nesta 4ª fase, o principal suspeito foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e é apontado como um dos líderes do garimpo ilegal. Ele também é acusado de ameaçar e constranger lideranças comunitárias e uma advogada. Durante a operação, foram apreendidos um celular e vários documentos.
As investigações continuam, com o objetivo de identificar e prender outros envolvidos nos crimes de ameaça, constrangimento ilegal, associação criminosa e crimes ambientais, já comprovados por perícias técnicas. O garimpo ilegal foi novamente desmantelado, com a destruição de insumos e acampamentos clandestinos, uma vez que os criminosos persistiam em suas práticas ilegais.
Com informações da Ag. Pará