Nesta quarta-feira (18), a rede social X (antigo Twitter) continuou acessível na rede wifi do Supremo Tribunal Federal (STF). Funcionários e servidores conseguem acessar uma plataforma por meio de celulares conectados à internet do tribunal. Além disso, o X também estava disponível nos computadores do STF, conectado à internet via cabo de rede. Quando questionado, o STF informou que não se pronunciará sobre o caso.
Usuários em várias regiões do Brasil também relataram a possibilidade de acesso ao X a partir da manhã desta quarta-feira, mesmo com o bloqueio da plataforma ainda em vigor em todo o país. A Justiça estipulou multas de R$ 50 mil para aqueles que burlarem a suspensão por meio de “subterfúgios tecnológicos”, como o uso de VPN.
Especialistas consultados pela CNN afirmam que uma atualização recente na plataforma pode ter criado dificuldades técnicas para a continuidade do bloqueio. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que está fiscalizando o cumprimento da ordem de bloqueio, declarou que está verificando a situação e encaminhando os resultados diretamente ao STF.
Entenda o Bloqueio da Plataforma X
O bloqueio do X no Brasil foi determinado no dia 30 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes, decisão que foi confirmada pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal. O bloqueio ocorreu após o tribunal íntimo de Elon Musk, dono da rede social, nomear um novo representante legal no Brasil, sob pena de suspensão.
Além disso, o X não cumpriu ordens da Corte. Na última sexta-feira (13), o ministro Moraes desbloqueou as contas bancárias e os ativos financeiros do X e da Starlink Brasil, que foram congelados no valor de R$ 18,3 milhões. O montante refere-se às multas impostas pela Justiça em razão do descumprimento de decisões judiciais pela plataforma.
Moraes determinou o bloqueio das contas para garantir o pagamento das multas. Como o X e a Starlink são de propriedade do empresário Elon Musk, o ministro entendeu que ambas as empresas têm responsabilidade solidária no pagamento das deliberações.
Com informações da CNN Brasil