Em seu primeiro pronunciamento público após a cirurgia no quadril e nas pálpebras, realizada no final de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o ataque do Hamas ao território israelense de “terrorismo”, mas classificou como “insana” a reação de Israel, que tem bombardeado diariamente a Faixa de Gaza, provocando a morte de civis. Ao lado da primeira-dama Janja, Lula falou sobre o programa Bolsa Família, que completou 20 anos, e durante a transmissão por videoconferência, lembrou das mortes de crianças no conflito no Oriente Médio.
“E hoje, quando o programa Bolsa Família completa 20 anos, eu fico lembrando que 1.500 morreram na faixa de Gazas. [Crianças] que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel. Mas também não pediram para que Israel reagisse de forma insana e matasse eles. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra. Aqueles que só querem viver, só querem brincar, e não tiveram o direito de ser crianças”, declarou Lula.
Em outro trecho do discurso, o pedido declarou que “não é possível tanta insanidade, tanta irracionalidade. Que as pessoas façam uma guerra tendo em conta que as pessoas que estão morrendo são mulheres, são pessoas idosas, são crianças que não estão tendo, sequer, o direito de viver”, continuou.
De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde de Gaza atualizado até esta quinta-feira (19), 3.785 palestinos morreram em decorrência do conflito na região da Faixa de Gaza. Desse total, 1.524 eram crianças. Entre as vítimas, há ainda 1.000 mulheres e 120 idosos.