O governador Mauro Mendes, da União, expressou sua insatisfação com a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em relação aos deslizamentos na MT-251, no Portão do Inferno. Em busca de soluções, Mendes declarou sua intenção de obter a concessão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães para realizar investimentos substanciais.
Em entrevista nesta quarta-feira (20), o governador afirmou que usará todos os meios políticos disponíveis para obter a concessão, apesar dos desafios enfrentados ao tentar convencer o governo federal. Ele criticou a proposta de concessão federal, que prevê investir R$ 18 milhões ao longo de 30 anos, comparando-a com os quase R$ 15 milhões investidos pelo estado em uma praça da Chapada.
Na terça-feira anterior (19), o senador Wellington Fagundes anunciou a alocação de um recurso de R$ 18 milhões para obras no Portão do Inferno, visando melhorias na região considerada de alto risco para a segurança.
Mauro Mendes destacou que esse valor é insuficiente, destinado apenas a custos como salários, manutenção e limpeza. Para ele, a quantia é insignificante diante das necessidades de um parque com potencial expressivo, mas que se encontra abandonado pelo governo federal.
Durante a entrevista, o governador expressou sua disposição em devolver a gestão do Parque Nacional à União após realizar os investimentos necessários. Ele argumentou que deseja melhorar o acesso ao local, evitando que os cidadãos de Mato Grosso tenham que pagar altas taxas para visitar o Parque de Chapada.
Em dezembro de 2022, a Holding Parquetur venceu o leilão para a concessão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Contudo, o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu o contrato de concessão após alegações de possíveis irregularidades feitas pelo governo de Mato Grosso. Paralelamente, no Senado Federal, um projeto de lei, de autoria da senadora Margareth Buzetti, tramita buscando transferir a responsabilidade pela gestão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães para o estado de Mato Grosso, já aprovado pela Comissão de Meio Ambiente (CMA).