Com o encerramento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, realizada de 17 de maio a 14 de junho, os municípios paraenses têm uma nova missão: realizar o Monitoramento da Estratégia de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo (MEV) até o dia 31 de julho.

Essa nova estratégia do Ministério da Saúde foi apresentada pela coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, aos secretários municipais de Saúde na última quinta-feira (20), durante a reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Nesta reunião, gestores municipais e estaduais de Saúde discutem e organizam as ações e serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Jaíra Ataíde explicou que o MEV consiste em realizar entrevistas com as famílias de crianças de 6 meses a menores de 5 anos para verificar se estão vacinadas contra poliomielite e sarampo. “Todos os 144 municípios paraenses precisam realizar o MEV, e cada um recebeu uma meta específica, um número de crianças a ser entrevistado”, informou.

O número de crianças foi definido com base em critérios técnicos, considerando a população infantil e as salas de vacinação registradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Identificação Segundo Jaíra Ataíde, o MEV é uma forma de identificar crianças não vacinadas e corrigir a situação, vacinando quem ainda não foi imunizado. “Se durante o monitoramento forem encontradas três crianças não vacinadas, a Secretaria Municipal de Saúde deve parar o MEV e iniciar a intensificação da vacinação, vacinando de casa em casa todas as crianças da área para corrigir possíveis falhas na cobertura vacinal”, ressaltou a coordenadora.

Como exemplo, Jaíra Ataíde apresentou o número de crianças que devem ser entrevistadas em alguns municípios da Região Metropolitana de Belém: Ananindeua (833), Belém (3.421), Benevides (207), Marituba (1.066) e Santa Bárbara do Pará (547).

Balanço da Campanha Jaíra Ataíde também informou que a Campanha encerrada em 14 de junho foi a última a utilizar a vacina oral contra a poliomielite (VOP). “A partir de agora, será utilizada apenas a vacina injetável (VIP). Portanto, esta campanha concluiu a transição da VOP para a VIP no Programa Nacional de Imunizações do SUS”, acrescentou.

A Campanha também teve como objetivos resgatar a cobertura vacinal contra o sarampo em menores de cinco anos e consolidar evidências de elevadas coberturas vacinais, resultados que serão apresentados à Comissão Internacional para Recertificação de país livre da circulação viral do sarampo.

No ranking nacional da campanha contra poliomielite, o Pará ficou em terceiro lugar, com 131.307 vacinas aplicadas e uma cobertura vacinal de 25,34%, atrás do Espírito Santo (35,74%) e Rio Grande do Norte (31,84%).

Os municípios com maior cobertura vacinal foram São João da Ponta (99,66%), Nova Timboteua (94,21%), Magalhães Barata (94,20%) e Brejo Grande do Araguaia (90,10%).

Segundo a coordenadora estadual, as doses de vacina oral aplicadas na rotina até o dia 30 de junho serão contabilizadas para a cobertura vacinal da Campanha Nacional da Poliomielite. “Então, é mais uma oportunidade para os municípios ampliarem sua cobertura vacinal”, concluiu.