O deputado estadual Gilberto Cattani, do PL, apresentou na última semana um pedido de informações ao secretário de Educação do Estado, Alan Porto, e à reitora da Universidade de Mato Grosso (Unemat), Vera Lúcia Maquêa. O documento visa esclarecer a presença de cartazes de apoio à Palestina, em favor do Movimento Sem Terra (MST) e contra o agronegócio brasileiro, que foram fixados no campus da instituição de ensino em Tangará da Serra.
No requerimento, Cattani levanta 13 perguntas, abordando temas como o conhecimento da secretaria e da direção da universidade sobre a afixação dos cartazes, a existência de autorização para tal ação, o posicionamento em relação ao conteúdo veiculado na instituição e a possível utilização de dinheiro público nessa manifestação, que o parlamentar classifica como militância ideológica.
Os cartazes, exibindo mensagens como “Viva a Palestina Livre“, “Agrotóxico mata” e “Consuma alimentos livres de agrotóxicos e transgênicos, produzidos localmente e pela agricultura familiar”, foram colocados no campus durante a primeira semana de novembro, conforme relatado por alunos que discordaram da manifestação dentro da instituição.
Um dos cartazes de apoio à Palestina também apresentava a imagem da bandeira do Movimento Sem Terra (MST).
No requerimento, o deputado destaca que esses cartazes possuem claramente um viés ideológico, infringindo a liberdade dos estudantes e o princípio da legalidade, especialmente por se tratar de uma universidade pública, que deve agir dentro dos limites estabelecidos pela lei.
No início do mês, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), também aprovou uma moção de repúdio, de autoria de Cattani, em relação ao posicionamento do Governo Federal, expresso pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), que incluiu questões de cunho ideológico e críticas ao agronegócio na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).