O Ibama intensificou a fiscalização sobre o desmatamento ilegal na Amazônia por meio da operação Carne Fria 2, que resultou na apreensão de aproximadamente 9.000 cabeças de gado e na aplicação de multas que somam R$ 364,5 milhões. Esta ação integra o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), que busca coibir práticas predatórias e cultivar um modelo sustentável de produção na região.
Durante as investigações, foram identificados cerca de 26 mil hectares de áreas embargadas em 69 propriedades rurais nos estados do Pará e Amazonas. Municípios como Novo Progresso, Santarém e Altamira foram destaques entre os locais de ocorrência dessas práticas. Ao todo, 18 mil bovinos foram encontrados nessas áreas ilegais, demonstrando uma rede de irregularidades ambientais que inclui frigoríficos que adquiriram animais dessas propriedades embargadas.
A operação resultou na emissão de 154 automóveis de infração, responsabilizando produtores rurais e frigoríficos que operavam em áreas embargadas, dificultavam a regeneração da vegetação e comercializavam o gado oriundo dessas áreas. Entre os frigoríficos envolvidos, 23 foram identificados como infratores ambientais, sendo que três deles foram embargados por operarem sem licença ambiental válida ou por não cumprirem os termos da licença concedida.
O Ibama reforçou a recomendação para que compradores e financiadores do setor consultem a lista de áreas embargadas, disponível no site da instituição, a fim de evitar o envolvimento indireto em práticas de desmatamento ao adquirir produtos oriundos de locais irregulares. A ação visa fortalecer a transparência e a responsabilidade no setor peculiar da região.
Com o apoio da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal, a operação Carne Fria 2 será levada ao Ministério Público Federal para possíveis avaliações cíveis e criminais. O objetivo do Ibama é resistir ao combate ao desmatamento e fomentar um agronegócio mais sustentável e responsável na Amazônia, que envolva a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região.
Com informações do BNC Amazonas