Faleceu neste domingo (19), aos 92 anos, o renomado jornalista esportivo Léo Batista. Ele estava internado desde o dia 6 de janeiro no hospital Rio’s Dor, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde tratava de um tumor no pâncreas. Reconhecido como uma das vozes mais marcantes do jornalismo esportivo brasileiro, Léo Batista construiu uma trajetória que atravessou gerações.
João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Léo Batista, nasceu em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, São Paulo. Sua carreira começou no rádio e alcançou o auge na televisão, especialmente na Rede Globo, onde ingressou em 1970.
Trajetória na Televisão
Léo Batista tornou-se o apresentador mais antigo em atividade na Globo, sendo um dos idealizadores do programa Globo Esporte, lançado em 1978. Ele também foi pioneiro no lançamento do Jornal Hoje, em 1971, ao lado de Luís Jatobá e Márcia Mendes, e participou do Globo Rural.
Sua narração dos gols da rodada no Fantástico tornou-se um marco do jornalismo esportivo, assim como suas contribuições para o Esporte Espetacular e o Globo Esporte. Entre as décadas de 1980 e 1990, apresentou o bloco esportivo do Jornal Nacional aos sábados. Até recentemente, ele continuava aparecendo nas edições de sábado do Globo Esporte e narrando os intervalos das quartas-feiras de jogos brasileiros.
Feitos no Esporte
A presença de Léo Batista no noticiário esportivo é histórica. Desde a Copa do Mundo de 1950, ele participou de todas as edições do torneio, seja presencialmente ou nos bastidores. Além disso, cobriu Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos.
Entre seus momentos mais marcantes está o anúncio ao vivo da morte do piloto Ayrton Senna, durante o Grande Prêmio de San Marino, em 1994. Outro feito memorável foi a narração do primeiro jogo da carreira de Mané Garrincha, em 1953, além de ser o primeiro radialista a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, pela Rádio Globo.
Vida Pessoal e Desafios
Léo Batista enfrentou uma grande perda pessoal em 2022, com o falecimento de sua esposa, Leyla Chavantes Belinaso, encontrada sem vida na piscina de sua residência no Rio de Janeiro. De acordo com informações, Leyla sofreu um infarto antes de cair na água.
Mesmo aos 92 anos, Léo Batista seguia ativo na profissão. Em 2024, foi visto publicamente no velório de seu amigo e colega Cid Moreira, mostrando o forte vínculo que mantinha com o jornalismo e seus companheiros de trabalho. Em entrevistas recentes, ele afirmou não ter planos de se aposentar, destacando sua paixão pelo ofício e seu desejo de seguir trabalhando enquanto sua saúde permitisse.
Léo Batista deixa um legado inigualável no jornalismo esportivo brasileiro, marcando gerações com sua voz inconfundível e sua dedicação ao esporte e à comunicação.