O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi submetido a uma cirurgia de emergência na madrugada desta terça-feira (10) devido a uma hemorragia intracraniana. Segundo a equipe médica, o quadro foi consequência de uma queda ocorrida em outubro.
No dia 19 de outubro, Lula sofreu um tombo no banheiro do Palácio da Alvorada, ferindo a parte de trás da cabeça. De acordo com Roberto Kalil, médico pessoal do presidente e apresentador do programa CNN Sinais Vitais , Lula chegou ao Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, com um traumatismo craniano e um ferimento que precisou de cinco pontos.
Exames realizados no mesmo dia, incluindo tomografias e ressonâncias, identificaram um pequeno sangramento na região temporal, na parte frontal da cabeça. Conforme explicado Kalil, esse tipo de lesão pode ocorrer devido ao contragolpe causado pela queda.
Na ocasião, o presidente precisou cancelar sua viagem à Rússia, onde participaria da Cúpula dos Brics, seguindo recomendações médicas. O primeiro boletim médico, divulgado no dia 20 de outubro, indicava que Lula estava apto a exercer suas atividades habituais, mas deveria evitar viagens aéreas longas para não agravar o hematoma.
As semanas seguintes foram marcadas por cancelamentos de compromissos, incluindo as participações na COP16, na Colômbia, e na COP29, no Azerbaijão. Além disso, Lula não poderia ir a São Paulo para apoiar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura.
Após repetir exames de imagem periodicamente, os resultados indicaram estabilidade do hematoma. No dia 10 de novembro, exames demonstraram melhorias no quadro do presidente, que foram liberados para retomar viagens aéreas e dispensado de avaliações periódicas.
Lula voltou à rotina, participando de compromissos importantes, como a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Na última quinta-feira (5), realizaram duas viagens aéreas no mesmo dia, de Brasília a Campo Grande e de Campo Grande a Montevidéu, onde participaram da Cúpula do Mercosul.
Contudo, na segunda-feira (9), o presidente começou a sentir indisposição e dores de cabeça. No final da tarde, sua equipe médica recomendou que ele fosse ao Hospital Sírio-Libanês de Brasília, onde os exames apontaram uma hemorragia intracraniana.
Por volta das 22h, Lula foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, considerado mais equipado para lidar com o caso. Segundo os médicos, a cirurgia foi bem-sucedida, e o presidente permanece em monitoramento na UTI. A previsão é que Lula retorne a Brasília no início da próxima semana.
Com informações da CNN Brasil