A Polícia Civil realizou o sequestro de bens móveis e imóveis avaliados em aproximadamente R$ 10 milhões durante a segunda fase da operação Follow the Money . A ação, conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de Sinop, tem como alvo três investigadores que atuaram como “laranjas” no esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas na região.
Entre os bens sequestrados estão 11 imóveis, incluindo um conjunto de quitinetes, casas em construção e uma chácara localizada à beira de um rio em Sinop. Também foram confiscados dois imóveis em Altamira, no Pará. Além disso, houve o sequestro de veículos, contas sociais de uma empresa e placas solares.
A operação foi deflagrada na terça-feira (12/10), com o cumprimento de 20 mandados judiciais em Sinop, Cuiabá e Altamira (PA). As ordens foram emitidas pela 5ª Vara Criminal de Combate ao Crime Organizado e incluíram três prisões preventivas, buscas domiciliárias e o sequestro de bens.
Os três presos já foram detidos na primeira fase da operação, realizada em março deste ano, mas ficaram em liberdade provisória. Entre os envolvidos é proprietário de uma farmácia em Cuiabá, que teve as atividades suspensas na etapa anterior do Follow the Money . As investigações apontaram que os valores dos movimentos evidenciaram práticas de lavagem de capitais.
Outros dois alvos são o irmão e a cunhada de um líder de facção criminosa que atua em Sinop e está preso em uma penitenciária estadual. O casal seguiu ordens diretas da unidade prisional, realizando negócios como a compra de imóveis em seus nomes e de “laranjas”. O objetivo era dar aparência de legalidade aos lucros obtidos com a venda de drogas.
Na primeira fase da operação, a Polícia Civil cumpriu 136 ordens judiciais em uma ampla incidência contra o núcleo financeiro da facção criminosa em Sinop. A segunda fase reforça o cerco contra o esquema de lavagem de dinheiro, destacando-se como uma ação importante no combate ao crime organizado.