Na manhã desta quarta-feira (4/9), a Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou a Operação Relutância, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso envolvido na importação e distribuição ilegal de grandes quantidades de cigarros eletrônicos e seus acessórios. Esse material era destinado a abastecer Mato Grosso e outras regiões do Centro-Oeste e Norte do Brasil.
Agentes da Polícia Federal, acompanhados por servidores da Receita Federal, cumpriram mandados nas cidades de Cuiabá (2), Várzea Grande (3), Rondonópolis (16) e Sorriso (4) em Mato Grosso; além de Campo Grande/MS (1); Redenção (2) e Xinguara (1) no Pará; e Goiânia/GO (4). As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal em Rondonópolis/MT, incluindo 33 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva, um mandado de sequestro de bem imóvel e o bloqueio de ativos no valor de R$ 6,4 milhões.
O grupo investigado lucrava de forma ilícita com a revenda de produtos proibidos, principalmente cigarros eletrônicos, cuja importação, comercialização e distribuição são ilegais no Brasil. As investigações revelaram que o esquema utilizava diferentes veículos para transportar os produtos do Paraguai até Rondonópolis/MT, que servia como entreposto para a distribuição a outros estados brasileiros.
Nas cidades de destino, os produtos eram oferecidos em lojas físicas e também pela internet, com entrega via delivery, realizada por motoboys ou carros pequenos. Os membros do grupo criminoso poderão ser acusados de crimes como contrabando, descaminho, receptação, falsidade ideológica, desobediência e associação criminosa.
Nos últimos dois anos, a Polícia Federal, junto com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar, interceptou diversos carregamentos de produtos contrabandeados pertencentes ao grupo. Esses materiais foram apreendidos e encaminhados à Receita Federal para os procedimentos fiscais necessários.
Durante a operação em Rondonópolis/MT, os policiais ainda prenderam em flagrante duas pessoas: uma por tráfico de drogas e outra por porte ilegal de arma de fogo.
A operação foi nomeada Relutância em referência à insistência do grupo criminoso em continuar suas atividades ilegais, mesmo após terem sido alvo de várias ações de persecução criminal e fiscalização. As investigações atuais demonstraram que os suspeitos continuaram a modificar suas táticas, reiterando suas ações ilícitas e acumulando lucros substanciais com o comércio proibido ao longo dos anos.