Na tarde desta quarta-feira (21), foi confirmada a identificação do corpo de Abilio Manoel Figueiredo Medeiros, de 47 anos, por sua família. Abilio era funcionário do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e estava entre os passageiros do helicóptero que sofreu um trágico acidente em Goianésia do Pará, nas proximidades do Lago de Tucuruí. O sinistro resultou na morte de todas as pessoas a bordo, incluindo outras duas vítimas já encontradas.
O Dnit expressou seu profundo lamento pela perda através de uma nota oficial, destacando o tempo de serviço de Abilio, que dedicou nove anos à autarquia. “Aos parentes, amigos e colegas, apresentamos as nossas condolências e desejamos que, neste momento de profunda tristeza, encontrem conforto e força para superar essa perda. O Dnit se compromete a fornecer todo o apoio necessário à família neste momento tão difícil”, afirmou a nota.
A família de Abilio, residente em Marabá – destino final da viagem do helicóptero – ainda não divulgou informações sobre o funeral e velório. O helicóptero, que estava desaparecido desde a última segunda-feira (19), foi encontrado submerso no fim da manhã na região do lago Tucuruí. A bordo, estavam, segundo informações da Polícia Civil, pelo menos três pessoas, incluindo o servidor do Dnit.
O resgate dos corpos foi realizado após a localização do corpo de Abilio em uma ilha, a aproximadamente cinco metros de distância do helicóptero submerso. Os outros dois corpos foram encontrados dentro da aeronave. A Polícia Científica foi acionada para a remoção dos corpos, e a descoberta ocorreu com a ajuda de pescadores locais por volta das 12h.
Equipas de mergulho do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para o local após a Polícia Rodoviária Federal (PRF) receber informações de avistamentos de possíveis destroços da aeronave. Além dos corpos, três bancos do helicóptero foram encontrados na mesma área, reforçando a gravidade do acidente.
O helicóptero havia partido de Altamira, no sudoeste do Pará, com destino a Marabá na segunda-feira (19), mas perdeu contato durante a noite, segundo a PRF. A última localização conhecida do piloto foi próxima a Novo Repartimento, levando à retomada das buscas após relatos de moradores sobre os destroços. O acesso ao local dos destroços e dos corpos foi feito pelo município de Jacundá, marcando um triste capítulo na história da aviação da região.
Aeronave
O helicóptero é da marca Robinson, modelo R44 II de prefixo PR BLZ, na cor preta.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave tinha permissão para realizar táxi aéreo.
Desaparecimento
Os tripulantes foram até uma fazenda para realizar trabalhos em uma plantação, segundo um familiar do piloto. Os passageiros são:
- Josimar Éneas da Costa – Piloto
- Abílio Manoel Figueiredo – Agente do DNIT
- Nildo Ferreira – Funcionário do agente do DNIT
A aeronave saiu de Altamira por volta das 19h de segunda (19) e, até a noite de terça (20) não chegou a Marabá, destino final.
A PC informou que o helicóptero pertence à empresa Fox Data & Co. Por telefone, o empreendimento não quis se manifestar sobre as buscas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que “está acompanhando as buscas da aeronave que desapareceu no Pará com um servidor da autarquia a bordo”.
As buscas iniciaram na terça (20), mas, de acordo com os envolvidos, precisou ser interrompida temporariamente por conta de chuvas, tempo nublado e a chegada da noite. A procura foi retomada nesta quarta (21) por órgãos competentes.
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