No coração do Pará, a pesca do mapará em Cametá é mais que uma atividade; é uma tradição enraizada que atravessa gerações e, recentemente, obteve o reconhecimento como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado. O início da temporada de pesca, em 1º de março, marca o começo de um período de abundância para os pescadores locais.
Em honra a esse momento significativo, a Prefeitura Municipal de Cametá integrou o evento ao calendário cultural da cidade, promovendo uma programação especial anualmente. Essa prática secular não apenas garante a subsistência das comunidades ribeirinhas, mas também desempenha um papel crucial na preservação de uma espécie tão valorizada pela população local.
O mapará, peixe de água doce abundante na região, vai além de ser apenas fonte de alimento; ele é parte intrínseca da identidade cultural de Cametá. A pesca é essencial para o sustento das comunidades ribeirinhas e para o suprimento alimentar de milhares de pessoas.
O reconhecimento oficial como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado realça a importância dessa prática na preservação da herança cultural paraense. Tal reconhecimento também ressalta a responsabilidade de proteger não apenas a tradição, mas também o ecossistema como um todo.
Durante o período de defeso, quando a pesca é proibida para possibilitar a reprodução das espécies, a conscientização sobre a importância da preservação torna-se fundamental para a manutenção da diversidade de peixes na região. Esse processo não só protege uma tradição ancestral, mas também contribui para a conservação da rica biodiversidade amazônica e para a sustentabilidade socioeconômica das comunidades ribeirinhas.