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(Reprodução)

PF Conclui Que Bolsonaro Ordenou Inclusão da Prisão de Alexandre de Moraes no Plano de Golpe

Relatório final revela tentativa de interferência no TSE e envolvimento de líderes políticos e militares para contestar resultados das eleições de 2022

A Polícia Federal (PF) concluiu que a decisão de incluir a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na minuta de um plano que visava a realização de um golpe de Estado no Brasil, foi feito um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação está presente no relatório final do “inquérito do golpe”, enviado por Moraes à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (26), agora com o sigilo removido.

Segundo o relatório da PF, membros do chamado “núcleo jurídico da organização criminosa” se reuniram com Bolsonaro no Palácio do Planalto para preparar um decreto presidencial. “Por decisão do ex-presidente da República, o documento teve diversas versões, incluindo a ordem de prisão do ministro ALEXANDRE DE MORAES”, destaca o relatório.

A investigação identificada que, após ajustes, foi elaborada uma minuta de decreto que apresentava várias justificativas, mencionando supostas interferências ilegais do Poder Judiciário no Poder Executivo. O texto sugere uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para validar a narrativa de fraude nas eleições presidenciais de 2022, com base em dados apresentados pelo partido de Bolsonaro, o PL.

As provas coletadas pela PF também indicam a participação de figuras próximas a Bolsonaro, como Filipe Martins, ex-assessor do presidente, Anderson Torres, então ministro da Justiça, e o advogado Amauri Feres Saad, todos indiciados no inquérito.

Reunião com Comandantes das Forças Armadas
O relatório também revela que, após finalizar os termos do decreto, Bolsonaro convocou os líderes das Forças Armadas para uma reunião no Palácio do Alvorada. Estiveram apresentou o Almirante Almir Garnier, da Marinha, o General Freire Gomes, do Exército, e o então Ministro da Defesa, Paulo Sérgio. O objetivo era obter o apoio dos comandantes, mas enquanto os chefes do Exército e da Aeronáutica se posicionavam contra qualquer ação que pudesse impedir a posse do novo governo eleito, o Almirante Garnier, da Marinha, mostrou-se disposto a cumprir as ordens do ex- presidente.

Com informações da CNN Brasil

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