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Divulgação/PC

Polícia Civil do Pará investiga golpe da ‘cura e libertação espiritual’ com falsos pais de santo

Vítima perdeu mais de R$ 1,3 milhão em esquema que envolveu ex-funcionária e falsos rituais de proteção

A Polícia Civil do Pará investiga um grupo suspeito de aplicar o golpe da ‘cura e libertação espiritual’ com a ajuda de falsos pais e mães de santo em Belém. Entre as vítimas está uma mulher que teve um prejuízo de mais de R$ 1,3 milhão. Uma ex-funcionária dela está entre os envolvidos.

As informações sobre o caso foram divulgadas na quinta-feira (11), após o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos.

Além de apreender os celulares e computadores, a Polícia também pediu o bloqueio das contas bancárias dos investigados, que não tiveram os nomes divulgados. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos começaram a agir em 2021, logo após a vítima ter perdido o marido.

A mulher estava fragilizada e teria sido convencida pela ex-empregada doméstica de que a morte do homem teria acontecido em virtude de rituais satânicos, conforme a investigação.

A suspeita, considerada como a autora intelectual do golpe, fez com que a vítima acreditasse que os filhos dela estavam sendo perseguidos por espíritos malignos e, portanto, precisavam ser tratados.

Durante três anos, a vítima foi levada pela ex-funcionária a diferentes e falsos pais e mães de santo que diziam fazer rituais espirituais de proteção à família da vítima.

Os trabalhos custavam altos valores que a vítima pagava por meio de transferências bancárias e também em dinheiro.

O delegado Gustavo Amoglia, que preside as investigações, disse que a vítima chegou a fazer empréstimos bancários para pagar os rituais de libertação.

O esquema criminoso culminou na ruína financeira da vítima, uma vez que consumiu todo seu patrimônio e a fez contrair altas dívidas com os bancos. A polícia não descarta a possibilidade de o grupo ter feito outras vítimas. Os suspeitos são investigados por estelionato e associação criminosa.

O caso é investigado pela Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) e pela Delegacia Especializada em Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (DEOF).

163noticias.com.br com informações do G1