O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tranquilizou, nesta terça-feira (23), sobre possíveis tensões na articulação política do governo com o Congresso Nacional. Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula afirmou que não há divergência que não possa ser superada e mencionou uma conversa reservada que teve com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no último fim de semana.
Lula destacou que, na sua visão, não há problemas no Congresso, apenas as questões normais da política. Ele ressaltou a aprovação de projetos importantes, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição e a reforma tributária, como exemplos do bom relacionamento entre o Executivo e o Legislativo.
As declarações do presidente ocorreram em meio a um aumento das tensões, especialmente entre Arthur Lira e o responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, Alexandre Padilha. Recentemente, Lira insultou publicamente Padilha, o que levou o presidente Lula a defendê-lo publicamente.
Lula assegurou que a relação com o Congresso Nacional está tranquila e que os projetos em tramitação deverão ser acordados com a participação dos líderes do governo e dos ministros da articulação política.
Sobre a possibilidade de uma reforma ministerial, Lula descartou detalhes sobre a conversa com Arthur Lira, enfatizando que não há divergência que não possa ser superada. Ele destacou a importância do diálogo entre os poderes para o bom funcionamento da democracia.
O próximo desafio do governo é a regulamentação da reforma tributária. Lula e a equipe econômica fecharam a proposta final, cabendo aos presidentes da Câmara e do Senado indicarem os relatores dos textos. Lula defendeu que sejam escolhidos os mesmos que analisaram a PEC da reforma, argumentando que estariam familiarizados com o tema e poderiam facilitar a tramitação da regulamentação.