Presidentes Lula e Macron lançam plano de 1 bilhão de euros para economia sustentável na Amazônia

Em visita ao Pará nesta última terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciaram um ambicioso plano de alavancar investimentos públicos e privados de 1 bilhão de euros, aproximadamente R$5,39 bilhões, em projetos de economia sustentável na Amazônia Legal e na Guiana Francesa para os próximos quatro anos. Recebidos pelo governador do Estado, Helder Barbalho, os líderes discutiram iniciativas para promover a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico da região.

Segundo o comunicado do governo federal à imprensa, o plano abrangerá investimentos na conservação e manejo sustentável das florestas, valorização econômica dos ecossistemas, tecnologias baseadas em recursos biológicos, práticas agroecológicas, capacitação, criação de empregos e pesquisa para desenvolver indústrias sustentáveis. Esses esforços visam contribuir para a conservação, manejo sustentável e/ou restauração das florestas e da biodiversidade, com ênfase na participação dos povos indígenas e comunidades locais.

Além disso, o plano busca compatibilidade com metas de sequestro de CO2, redução de emissões de CO2 no setor florestal e proteção da biodiversidade. O presidente Lula afirmou durante a visita que a COP 30, prevista para ser realizada em Belém em 2025, será a mais organizada do mundo, destacando o compromisso do Brasil em compartilhar com o mundo os esforços e objetivos da região amazônica.

O governador Helder Barbalho enfatizou o empenho do Pará em receber a COP 30 de forma exemplar, ressaltando a importância da bioeconomia e o pioneirismo do estado nesse setor. Na cerimônia que homenageou o líder indígena Raoni Metuktire com a Ordem Nacional da Legião de Honra, concedida por Macron, o presidente francês elogiou a gestão nacional e os representantes dos povos indígenas na preservação do ecossistema.

Emmanuel Macron destacou a importância da colaboração entre Brasil e França para promover a conservação da Amazônia e celebrar os povos indígenas, reconhecendo o tesouro de biodiversidade que representa a região amazônica e a ancestralidade dos povos indígenas que a habitam.