Segunda cena sangrenta em Marabá: Núcleo São Félix novamente abalado pela violência
Na noite de quinta-feira, 21 de março, o Núcleo São Félix testemunhou mais um episódio brutal, apenas uma semana após um triplo homicídio que abalou Marabá. Por volta das 19h20, conforme relatado pela Polícia Militar, a tragédia ocorreu em uma residência situada na Rua 20, Lote 15, Residencial Magalhães-II.
De acordo com testemunhas, dois homens mascarados invadiram a casa, um pela frente e outro pelos fundos, disparando contra cinco pessoas, incluindo duas crianças. Surpreendentemente, uma sexta pessoa que estava presente não foi atingida, possivelmente conseguindo se esconder a tempo. A principal vítima, Wesley Pageú do Carmo, de 31 anos, foi alvejada na cabeça e no braço. O sargento Volney, da Polícia Militar, sugeriu que o crime poderia estar ligado ao tráfico de drogas, já que Carmo havia sido preso cerca de seis meses antes e acabara de sair da prisão cinco dias antes do ocorrido.
Além de Carmo, Kécia Conceição dos Reis, funcionária de uma padaria local, foi brutalmente assassinada. A terceira vítima fatal foi Darley da Silva Soares, conhecido como Loirinho. Ele foi socorrido após ser atingido na cabeça, mas faleceu durante a madrugada no Hospital Regional.
Duas meninas também foram baleadas no ataque. Uma delas, de sete anos, foi atingida na perna e foi levada por vizinhos em um veículo particular para receber atendimento. A outra, de 11 anos, sofreu tiros no rosto e no braço e foi encaminhada ao Hospital Municipal pelo SAMU. Felizmente, ela sobreviveu aos ferimentos.
Nayara de Souza Santos, de 22 anos, estava no interior da casa e relatou à polícia que apenas ouviu os disparos. Moradores próximos afirmaram que os assassinos chegaram e saíram a pé, fugindo para uma área de mata próxima.
Este episódio sangrento é apenas mais um em uma série de chacinas com características semelhantes que assolaram Marabá nos últimos meses. Desde dezembro do ano anterior, a cidade tem sido palco de diversos assassinatos em massa, indicando uma possível disputa entre facções criminosas pelo controle do território. O sargento Volney, em entrevista ao CORREIO, destacou que esses eventos compartilham o mesmo modus operandi, fortalecendo a hipótese de uma guerra entre grupos rivais.