No último domingo (17), o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) emitiu uma decisão que mantém Yann Carlos Monteiro Barroso, o responsável pelo sequestro de 17 horas ocorrido na avenida Augusto Montenegro em março passado, sob internação em um hospital. A decisão foi aguardada após o Ministério Público do Pará solicitar que Yann cumprisse sua pena em tratamento ambulatorial, permitindo-lhe permanecer em sua residência.

Devido à constatação de que Yann é inimputável, ou seja, isento de pena devido a doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, o Ministério Público fez o pedido de tratamento ambulatorial, que permitiria a Yann permanecer em sua residência. Contudo, o TJPA optou por manter a internação de Yann no mesmo local onde ele se encontra desde sua prisão, o Presídio Estadual Metropolitano (PEM III), que atende indivíduos com doenças mentais.

Para os advogados da família das vítimas do sequestro, Glauma Ribeiro e Faulz Júnior, a decisão representa uma vitória.

O sequestro conduzido por Yann Carlos Monteiro Barroso, de 27 anos, que manteve quatro vítimas reféns por 17 horas na avenida Augusto Montenegro, em Belém, teve a negociação mais longa registrada no Pará. A família foi abordada enquanto entrava em um veículo de aplicativo, quando o criminoso se aproximou e invadiu o veículo. O condutor conseguiu fugir, mas a avenida foi fechada nos dois sentidos, resultando em um longo congestionamento.

Na época, os familiares de Yann relataram à polícia seu comportamento estranho, indicativo de um estado mental anormal, incluindo desaparecimento anterior e paranoia.

Apesar dos esforços da família para buscar ajuda especializada para Yann Carlos, a situação permaneceu sem resolução. Em janeiro, seu pai buscou ajuda por meio de uma emissora de TV para localizar o filho desaparecido, que estava pegando carona em estradas com destino incerto.