Tradição da Pesca do Mapará em Cametá: Retorno ao Rio Tocantins após o Defeso
No dia 1º de março, o município de Cametá, na Região de Integração do Tocantins, revive a tradição da pesca do mapará, um evento de grande significado para os moradores locais, especialmente os pescadores e pescadoras das comunidades ribeirinhas ao longo do rio Tocantins. A presença da equipe do Governo do Estado, liderada pelo governador Helder Barbalho, marcou o início dessa programação, que se iniciou com a inauguração do mercado municipal de peixe em Curuçambaba e culminou com a saída das embarcações para a captura do pescado.
O “Borqueio“, nome dado ao grande círculo de embarcações que se forma para apanhar o mapará, simboliza a retomada da pesca na região após quatro meses de defeso, período em que a pesca dessa espécie é proibida. De acordo com dados da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), somente no primeiro dia são capturadas em média 150 toneladas de mapará em Cametá. O governador Helder Barbalho expressou sua satisfação em participar desse evento tradicional, reconhecendo sua importância para a comunidade local.
Durante sua participação, o governador destacou a parceria entre a Prefeitura de Cametá, representada pelo prefeito Victor Cassiano, que entregou um novo mercado municipal de peixe. Além disso, enfatizou o papel fundamental da Sedap na promoção e desenvolvimento da atividade pesqueira no Estado. O documento apresentado durante o evento, que estabelece um acordo de pesca elaborado pela Sedap em conjunto com a Semas e representantes dos pescadores locais, foi ressaltado como um instrumento democrático e plural para regulamentar a atividade pesqueira na região.
A programação também contou com a presença de representantes da Prefeitura de Cametá e parlamentares estaduais, evidenciando o apoio institucional ao setor pesqueiro local. O mapará, peixe de grande importância econômica e cultural na região, é reproduzido em água doce e amplamente consumido pela população local. O período de defeso, que se estende de novembro a fevereiro, é crucial para a preservação dessa espécie e sua reprodução.
Orlando Lobato, Diretor de Pesca e Aquicultura da Sedap, ressaltou a importância do acordo de pesca para regular a atividade pesqueira e garantir o sustento de milhares de famílias que dependem dessa atividade. Ele destacou o impacto positivo da pesca do mapará não apenas na economia local, mas também como parte integrante do patrimônio cultural e imaterial de Cametá. As comunidades ribeirinhas demonstram um elevado nível de consciência ambiental ao respeitar o período de reprodução do mapará, contribuindo assim para a segurança alimentar e a preservação dessa importante espécie de peixe.