Internet
“Redes sociais foram motor em golpismo de Bolsonaro e devem manter papel, dizem especialistas” (Política, 5/10). Redes sociais jamais deveriam funcionar sem regulamentação. Nenhum lugar social e coletivo do mundo existe sem regramento, por que o espaço virtual não tem regras nem leis para ordená-las?
Josefina Martins (São José dos Campos, SP)
As redes sociais são espaço de livre comunicação entre as pessoas. É extremamente perigoso o pensamento de que elas são “danosas à democracia”; é o mesmo que dizer que o pensamento do povo é danoso à democracia.
Thiago Mureebe Carrijo (Goiânia, GO)
Lula e Trump
“Trump ignorou Bolsonaro em conversa com Lula, e ministros comemoram” (Mônica Bergamo, 6/10). O americano caiu na real. A indústria deles necessita dos insumos brasileiros. Com o tarifaço, os custos aumentaram muito e as empresas de lá não sobrevivem. Pragmatismo puro.
Ennio Baldur Hammes (Guaíra, PR)
Minerais
“Congresso avança com projeto para minerais críticos que prevê nova estatal” (Economia, 4/10). Faz mais sentido concentrar esforços do Estado em funções essenciais e de alto retorno social — saúde, educação, segurança —, e deixar a atividade empresarial e produtiva sob liderança da iniciativa privada, com regulação firme e metas públicas bem definidas.
Felipe Araújo Braga (São Paulo, SP)
É sempre a mesma a ideia de que onde existe Estado existe corrupção e onde existe mercado existe honestidade e competência. Corrupção existe tanto em um quanto no outro em qualquer lugar do mundo. Mas não sou a favor de mais uma estatal.
Reinaldo Silva (Rio de Janeiro, RJ)
Gratificação por morte
“Castro diz que tende a vetar gratificação faroeste, que prevê bônus para policial do RJ que matar” (Cotidiano, 6/10). Precedente perigoso, especialmente se tratando da polícia corrupta que atua naquele estado. Quantos inocentes serão mortos e depois acusados de serem criminosos perigosos?
Sam Duart (Macapá, Amapá)
Advogado morto
“Suspeito pela morte de advogado em Higienópolis já tinha sido condenado por roubo no centro SP” (Cotidiano, 5/10). Ele cometeu um roubo anterior e foi beneficiado com o regime semiaberto. Se tivessem dado o regime fechado, próprio para roubo, ele não teria matado o advogado.
Maria Cecilia Silva (São Paulo, SP)
Acho que dessa forma o jornal dá viés à narrativa dos punitivistas, como se o culpado fosse o defensor público que conseguiu o semiaberto. Aí os “experts” em segurança pública vão para cima do Legislativo, Judiciário e Executivo.
Nader Savoia (São Paulo, SP)
Israel
“Israelenses estão sendo punidos coletivamente, assim como meu governo faz com palestinos, diz Fania Oz” (Mundo, 5/10). Agradeço à Folha pela entrevista. Foi uma leitura muito boa, de uma pessoa sensata e que faz uma leitura ampla e, em certa medida, justa do conflito. Como historiadora, senti falta de um mea culpa mais enfático, afinal ela conhece os primórdios de 1917 e o plano da Grande Israel.
Patrícia Viana (São José dos Campos, SP)
O problema não é Netanyahu, é a ocupação, o Estado colonial, baseado numa ideologia de supremacia étnica e loucura fundamentalista. Sempre que uma ideologia tenta se impor à realidade que a recusa, a violência se torna inevitável.
João Emiliano de Aquino (Fortaleza, CE)
Palestinos
“Radicalismo não combina com educação” (Lygia Maria, 5/10). Estranho. Os radicais são os palestinos, mas os genocidas são os israelenses. Como é possível isso?
Mauricio Soares (Curitiba, PR)
Não deve haver espaço para radicalismos, sejam de direita ou esquerda. Muito menos para celebrar um ataque terrorista contra civis. O 7 de Outubro teve civis como alvos, não militares.
Paulo Roberto Hasse (São Paulo, SP)
Vale Tudo
“Vilã ‘serial killer ninfomaníaca’ é o pior erro da nova ‘Vale Tudo’, afirma viúvo de Gilberto Braga” (Mônica Bergamo, 5/10). O remake é uma versão clássica de um “novelão mexicano” e nem as novelas mexicanas atuais devem seguir essa narrativa rocambolesca, cheia de camadas mas com pouco conteúdo.
Victor Lopes (Rio de Janeiro, RJ)
Não concordo, acho que o viúvo está com dor de cotovelo. Gostei muito da nova Odete Roitman ocupando um lugar de poder onde raramente se vê uma mulher, especialmente no campo amoroso. Gostei demais da dupla que fez com a irmã.
Heloisa Gomes (Rio de Janeiro, RJ)
Tenho reservas ao modo como a mulher negra foi retratada, mas ter uma vilã que diz “se eu fosse um pai, ausente e provedor, vocês me amariam” e que tem a ousadia de gozar, no alto dos seus 60, em horario nobre, não tem preço.
Maria Cristina Pereira (Botucatu, SP)
Fonte: Folha de S. Paulo