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Vacinação contra HPV agora em dose única: Ministra da Saúde anuncia mudança

Mudança estratégica visa ampliar proteção contra câncer de colo de útero e facilitar imunização

A partir de agora, a vacinação contra o HPV no Brasil será feita em dose única, anunciou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite de segunda-feira (1º). Anteriormente, o país adotava um esquema de duas doses para combater essa infecção, principal causadora do câncer de colo de útero.

“Apenas uma dose da vacina nos protegerá a vida toda contra vários tipos de doenças e cânceres causados pelo HPV, incluindo o câncer de colo de útero. Não vamos permitir que crianças e jovens enfrentem esse risco quando crescerem”, destacou a ministra em sua conta na rede social X, antigo Twitter.

Nísia Trindade também instou os estados e municípios a realizarem uma busca ativa por jovens de até 19 anos que ainda não receberam nenhuma dose da vacina. Segundo ela, em 2023, foram administradas 5,6 milhões de doses do imunizante, representando um aumento de 42% em relação a 2022, o maior número desde 2018.

A decisão de utilizar apenas uma dose de vacina foi embasada em estudos científicos e segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A imunização no Brasil atualmente é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não foram previamente imunizados, pessoas vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

Além da vacinação, em março, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste inovador para detecção de HPV em mulheres. Esse teste utiliza testagem molecular para detecção do vírus e rastreamento do câncer do colo do útero, permitindo testes a cada cinco anos, em comparação com o exame de Papanicolau, que deve ser feito a cada três anos.

O HPV é a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. Estima-se que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil a cada ano. Apesar de prevenível, o câncer de colo de útero continua sendo o quarto tipo mais comum de câncer e a quarta causa de morte por câncer em mulheres, especialmente entre as negras, pobres e com baixa escolaridade.

163noticias.com.br com informações da Ag. Brasil