No último sábado (16), um incidente extremamente preocupante abalou a comunidade de Itaituba, no Pará, quando uma balsa que faz a travessia entre Miritituba e Itaituba no Rio Tapajós se recusou a transportar uma ambulância que carregava um bebê gravemente doente. A situação, testemunhada por muitos, lança luz sobre os desafios enfrentados em áreas remotas quando se trata de acesso a serviços de saúde de emergência.

Mesmo com uma balsa disponível em Miritituba, a ambulância foi instruída a esperar a chegada de outra balsa de Itaituba. Isso forçou a mãe angustiada, o bebê em estado crítico e os profissionais de saúde a atravessar o rio em uma voadeira. A recusa do condutor da balsa em retornar para buscar a ambulância, mesmo após ser informado da gravidade da situação por telefone, gerou compreensível indignação pública.

A testemunha que relatou o incidente enfatizou que o condutor da balsa priorizou o descarregamento de veículos já a bordo em Itaituba em detrimento da vida da criança. Tal incidente ressalta a necessidade urgente de revisitar protocolos de transporte em situações de emergência, bem como a importância de garantir o acesso imediato a serviços médicos para comunidades remotas.

Lamentavelmente, esse não é um caso isolado. Cerca de dois meses atrás, uma ambulância que transportava um paciente em estado grave enfrentou problemas semelhantes quando a balsa estava fora de operação em Miritituba. Esses eventos destacam a urgência de melhorias no sistema de transporte de emergência e a necessidade de se evitar que vidas preciosas sejam colocadas em risco devido a obstáculos logísticos.